quarta-feira, 9 de maio de 2012

A moto e a Habilitação


Eu tinha um amigo que conheci nos passeios noturnos de bike, pedalávamos uma vez por semana juntos e acabei contando pra ele sobre a minha paixão por motos, mas falei também do medo de andar de moto em São Paulo, e foi por esse motivo que não tirei habilitação de moto quando tirei de carro, já para evitar oportunidades. Algum tempo depois esse amigo me ligou e disse que na loja onde ele trabalhava tinha uma moto que era a minha cara, uma motinha barata e bonitinha, um brinquedo mesmo, já que não tinha coragem para andar no trânsito de São Paulo. Acabei indo olhar a moto, já com o talão de cheques na mão e ainda fui de picape pra levar a moto pra casa, não deu outra, comprei e levei pra casa. É uma Sundown Web Evo, uma moto muito parecida com BIS da Honda, queria moto pra brincar, só andar no bairro, nem queria tirar habilitação.
Fui andando, andando e pegando gosto, comecei a ir para o bairro vizinho, pegar uma abenida mais movimentada, e percebi que precisava de habilitação.
Entrei na auto escola e comei as aulas, era um saco, passava na auto escola, deixava a digital, pegava o carro e corria para chegar logo no Parque do Ibirapuera, no primeiro dia usei o capacete deles, tinha até chulé, nas aulas seguintes levava o meu, as motos eram bem ruins, mas os instrutores eram legais. O problema é que tem uma 50 motos fazendo aula no mesmo circuito ao mesmo tempo, pegava uma fila, dava uma volta no circuito e voltava pra fila, era assim durante uns 4 ou 5 sábados. Fiz tudo direitinho porque não aceitei pagar para passar, na última aula estava muito insegura, eu sabia pilotar, fazia tudo certinho e meus instrutores diziam que eu era boa, porém falam de casos que eles reprovam por nada, percebi que era mais difícil do que eu imaginava, mas não paguei, meu instrutor disse que eu poderia chegar cedo no dia da prova, para treinar no circuito e na moto que eu faria a prova, mas eu teria que pagar R$ 50,00 por isso, assim eu fiz, cheguei cinco e meia da manhã, mas ele não chegou, fiquei bem chateada, ele chegou depois que o Detran fechou o circuito, peguei a moto e fiquei andando no estacionamento do Parque, nessa hora desanimei mesmo, tinha certeza que não passaria, então resolvi entrar na fila para constatar a minha reprovação, não estava nervosa, o sentimento era de tristeza e desanimo, fiz a prova e sai para ver o que o policial tinha escrito no papel, nesse trajeto o nervosismo chegou, não conseguia achar o neutro da moto de tanto que eu tremia, meu instrutor pegou o papel, olhou pra mim e me deu a boa notícia, você está aprovada!
Foi muito bom, liguei pra minha mãe pra contar, não agüentava de tanta alegria, não queria passar por tudo novamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário